sexta-feira, 27 de novembro de 2009

Sonho Alquímico I - O cão e o mar





Um barco de pesca singra o mar num dia com brisa suave e ensolarado. De repente, o barco faz a volta, desliga o motor e os homens da família que estava no barco vestem apressados o equipamento e mergulham. Comenta-se com apreensão que um cão caiu no mar e afundou. Passam-se momentos de angústia e a busca é infrutífera. Decidem voltar à terra firme. No caminho, após desoladas horas de viagem, avistam a cabeça do cão desaparecido, estranhamente parada, acima da superfície da água. Ao se aproximarem do cão, o barco toca num banco de areia e todos percebem que o cão está de pé, com os pés apoiados no fundo do mar que se eleva perto da superfície justamente nesse ponto. Todos ficam felizes e resgatam o cão para bordo. O cão é muito escuro, quase preto, de estrutura grande e muito forte. A dona do cão, abraça-o e diz que ele se chama Fundamentos, que ele afundou, chegou ao fundo do mar e caminhou por baixo d’água até o ponto onde foi encontrado. Diz, ainda, que só Fundamentos poderia ter feito isso!


"O avançar é um retroceder ao fundamento, ao originário e verdadeiro."

Hegel, na Ciência da Lógica.

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