e re-nova-me!*
terça-feira, 29 de dezembro de 2009
Canto para uma Lua despudoradamente linda!
e re-nova-me!*
quinta-feira, 24 de dezembro de 2009
A conversão doce e suja de São Francisco
O Pobrezinho de Assis contou, com suas próprias palavras, no seu Testamento como tinha se convertido à fé em Nosso Senhor Jesus Cristo:
"Foi assim que o Senhor concedeu a mim, Frei Francisco, começar a fazer penitência: como eu estivesse em pecados, parecia-me sobremaneira amargo ver leprosos. E o própio Senhor me conduziu entre eles, e fiz misericórdia com eles. E afastando-me deles, aquilo que me parecia amargo se me converteu em doçura de alma e de corpo; e, depois, demorei só um pouco e saí do mundo. E o Senhor me deu tão grande fé nas igrejas que simplesmente eu orava e dizia: Nós vos adoramos, Senhor Jesus Cristo, aqui e em todas as vossas igrejas que há em todo o mundo, e vos bendizemos, porque, pela vossa santa cruz, remistes o mundo."
Escritos de São Francisco (Test 1-3), Petrópolis,RJ: Vozes, 2009. pp.173-174.
quarta-feira, 23 de dezembro de 2009
Yggdrasil - o ancestral da Árvore de Natal
o ancestral da Árvore de Natal,
a árvore cósmica dos escandinavos
Conheço nove mundos, nove domínios cobertos pela árvore do mundo:
Sei que existe um freixo que se chama Yggdrasil, esta árvore sabiamente plantada cujas raízes afundam no âmago da Terra...
A copa da árvore vai até o céu e está envolta em brancos vapores de água, donde se desprendem gotas de orvalho que caem no vale.
Ele ergue-se eternamente verde por cima da fonte de Urd.
Odin prende seu cavalo ao tronco de Yggdrasil em volta do qual giram as constelações.
Perto de Yggdrasil encontra-se a fonte miraculosa Mîmir - a “meditação”, a “recordação” - onde Odim deixou um olho como penhor e para onde ele volta incessantemente a fim de restaurar e aumentar sua sabedoria.
É sempre nos mesmos lugares, perto de Yggdrasil, que se encontra a fonte Urd;
A cabra Heidrûn, a águia Hraelsveg, um veado e um esquilo empoleiram-se nos ramos de Yggdrasil e nas suas raízes acha-se a víbora Nidhög, que procura constantemente abatê-la.
Quando o universo tremer até os alicerces, no cataclismo anunciado no Voluspâ e que porá fim ao mundo, Yggdrasil será sacudida muito fortemente, mas não tombará, a fim de instaurar um novo período paradisíaco”.
terça-feira, 15 de dezembro de 2009
Duofel Plays The Beatles - Eleanor Rigby
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
Depois da tempestade, um arco-íris envergonhado
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Diálogo entre Eva e Zaratustra: sobre verdades e árvores
terça-feira, 1 de dezembro de 2009
Psicose - Black Sabbath, Heaven & Hell
domingo, 29 de novembro de 2009
Sonho Alquímico II - O celacanto
Um pescador joga sua rede no mar mais profundo e traz com ela à superfície um Celacanto vivo. O Celacanto não deveria existir, pois já é um fóssil de milhares de anos. O Celacanto não deveria existir, porque recusou-se a viver nas águas que lhe foram destinadas por Deus. O próprio Celacanto é o momento inicial de uma explosão de vida no universo, o momento especial em que um ser da água se tornou um híbrido e se tornou capaz caminhar na terra e respirar o ar. O Celacanto é o resultado da lenta coagulação das águas primordiais, do caos indiferenciado, do antes de tudo, do sem fundo. Um ser com faísca de vontade que libertou-se dos limites da existência líquida. A terra que pisou, o ar que respirou, ainda não era habitado pela chama da vida. O Celacanto rompeu os limites traçados para ele pelo Criador. Não tinha pés, mas membros que se arrastavam, não tinha pulmões, mas peitos que arfavam. Mas isso foi o bastante, pois o Celacanto abriu sua boca e falou: eu ouvi as palavras de Deus no Gênesis e povoei a terra de seres terrestres e os ares de seres alados.
O Criador do alto dos céus mantém a criação em revolução
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Sonho Alquímico I - O cão e o mar
Um barco de pesca singra o mar num dia com brisa suave e ensolarado. De repente, o barco faz a volta, desliga o motor e os homens da família que estava no barco vestem apressados o equipamento e mergulham. Comenta-se com apreensão que um cão caiu no mar e afundou. Passam-se momentos de angústia e a busca é infrutífera. Decidem voltar à terra firme. No caminho, após desoladas horas de viagem, avistam a cabeça do cão desaparecido, estranhamente parada, acima da superfície da água. Ao se aproximarem do cão, o barco toca num banco de areia e todos percebem que o cão está de pé, com os pés apoiados no fundo do mar que se eleva perto da superfície justamente nesse ponto. Todos ficam felizes e resgatam o cão para bordo. O cão é muito escuro, quase preto, de estrutura grande e muito forte. A dona do cão, abraça-o e diz que ele se chama Fundamentos, que ele afundou, chegou ao fundo do mar e caminhou por baixo d’água até o ponto onde foi encontrado. Diz, ainda, que só Fundamentos poderia ter feito isso!
"O avançar é um retroceder ao fundamento, ao originário e verdadeiro."
Hegel, na Ciência da Lógica.
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
SMASH BROS. - Sonic 3 - The Boss Theme
terça-feira, 24 de novembro de 2009
Hipócrates: viver é poder cozinhar, com saúde, é saber temperar
quinta-feira, 19 de novembro de 2009
Retrofoguetes - Maldito Mambo!
terça-feira, 17 de novembro de 2009
Diálogo com um ovo falante em cima do muro
– A questão – ponderou Alice – é saber se o senhor pode fazer as palavras dizerem coisas tão diferentes.
– A questão – replicou Humpty Dumpty – é saber quem é que manda. É só isso.
Através do espelho e o que Alice encontrou lá.
Lewis Carroll
(com ajuda do sociólogo-comediante FHC)
terça-feira, 10 de novembro de 2009
Adeus a Seo Carlinhos, Brother in Arms!
quinta-feira, 29 de outubro de 2009
O pesadelo da criação
O pesadelo da criação
O maior medo de um palhaço
é, de repente, descobrir
ter sido apenas um artista.
O maior medo de um artista
é, de repente, descobrir
ter sido apenas um sábio.
O maior medo de um sábio
é, de repente, descobrir
ter sido apenas um palhaço.
O maior medo de Deus
é, eternamente, descobrir-Se
apenas humano.
Poemeto inspirado em Arthur Koestler – The Act of Creation
terça-feira, 27 de outubro de 2009
Grossery Store Wars
Você decide o que você põe na boca?
- 77,2% das peças publicitárias de alimentos são direcionadas a crianças de menos de 12 anos que não conseguem diferenciar entre a peça publicitária e o filme de entretenimento
- 70% das crianças de 3 anos reconhecem o símbolo do McDonald´s, mas apenas metade sabe seu sobrenome. (Fonte: Commercialisation of Childhood - Compass, Reino Unido, dezembro de 2006)
- As cinco categorias de alimentos mais anunciados são: fast foods (21,3%); doces e sorvetes (19,2%); salgadinhos de pacote (16,4%); bolos e biscoitos doces (11,8%); refrigerantes e sucos artificiais (9,8%)
- É o tempo médio diário que a criança brasileira assiste TV (Fonte: Painel Nacional de Televisores (IBOPE/2007) – crianças entre 4 e 11 anos, classe ABC)
- O que você deveria comer, segundo a recomendação do USDA, 1996:
- O que a publicidade diz para você comer, (proporção dos gastos em publicidade de alimentos) segundo estudo de Kantor, 1998*:
- O que você come de verdade, segundo estudo de Kantor, 1998:
- De acordo com o Ministério da Saúde, os gastos do Sistema Único de Saúde (SUS) com as doenças crônicas não transmissíveis (obesidade, diabetes, etc.) totalizam 69% dos gastos com atenção à saúde (Brasil, 2005)
- Quantas horas de TV você via por dia antes dos 12 anos? Sua mãe trabalhava?
quarta-feira, 21 de outubro de 2009
Chingon - El Alacrán y el Pistolero
domingo, 18 de outubro de 2009
O escorpião de Numância
O Escorpião de Numância
Primeiro Ato
Os dois se entreolham e Teógenes estende a mão para um saco de provisões que estava ao seu lado, no chão.
LUCIANA MALINETTI, 10 anos, Escola Sesi 265 de Santo André-SP.
(Frase premiada em primeiro lugar em novembro de 2001 num concurso sobre a questão da fome).
The Dresden Dolls - My Alcoholic Friends
o prof Davi Arrigucci Jr comenta Uma brincadeira
segunda-feira, 12 de outubro de 2009
Fórmula para não andar de cabeça para baixo e não comer excrementos no reino dos mortos
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Stone Roses - Sugar Spun Sister
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Sansão: um enigma doce e sujo
Sansão parece ser o herói bíblico mais estúpido, violento, bandido e pecaminoso que existe. "Nazireu", isto é, dedicado a Deus desde o nascimento (por isso não podia cortar os cabelos), abençoado com uma força muscular excepcional e eleito Juiz de seu povo, parece buscar a ascensão social traindo sua gente casando-se ou apaixonando-se por mulheres dos opressores filisteus.
Ao perder a aposta de um enigma que propôs aos parentes de sua noiva filistéia na festa de casamento, mata 30 pessoas inocentes (de uma cidade costeira a vários kilômetros de distância) apenas para lhes roubar as vestes de festa e pagar sua aposta. Sansão é também o mais atrapalhado herói militar dos hebreus. Suas ações militares são lutas individuais de guerrilha, descoordenadas de uma luta geral do povo hebreu, que, inclusive, põe em perigo o principal aliado desta luta, a numerosa tribo de Judá que é obrigada a entregá-lo atado aos filisteus para evitar um massacre. No auge de seu poder guerrilheiro, após derrotar milhares de soldados filisteus, entrega-se a uma mulher (Dalila) e é humilhantemente cegado e aprisionado. Foi o primeiro modelo ( judeu) de "homem-bomba" ao derrubar o templo sobre si e uma multidão de filisteus.
Essa curiosa figura de herói bíblico é, no entanto, o formulador da mais interessante e lendária reflexão sobre o doce da antigüidade, ainda hoje não explorada em toda sua riqueza: o enigma proposto por Sansão aos parentes da noiva era solucionado pela imagem do mel tirado de dentro da carcaça de um leão morto.
“Do que come saiu comida, do forte saiu doçura” era a charada do desafio de Sansão.
Sansão tinha certeza que os filisteus nunca decifrariam o enigma, pois sua chave política e religiosa, além de ser inconcebível para a cultura filistéia que abraçou por completo a religião caananita anterior, era ainda apenas um projeto secreto de um "escolhido por Deus para iniciar a libertação do povo hebreu". O projeto era tão secreto que a idéia de "povo hebreu" ainda não existia (hebreus = 'apirus foi um nome cunhado pelos filisteus para informar ao centro do império egípcio rebeliões de marginais foras-da-lei nas "Cartas de Amarna"; a tribo de Sansão, Dã, sempre foi composta de camponeses pastores caananeus e nunca esteve no cativeiro do Egito) e também ainda não existia o monoteísmo javista. Yahweh era apenas mais um dentre os muitos deuses das tribos caananitas.
Deus é chamado por Sansão tanto pelo nome de El, de Elohim como de Yahweh. Ou seja, na época de Sansão, ou quando essa estória ganhou forma na mente do povo caananeu, a futura religião Javista (Yahweh / Israel) ainda não tinha se separado das suas raízes na religião antiga caananita, onde El/Elohim não era o Deus único e sozinho, mas apenas o Pai-de-todos da grande família divina caananita, cujos filhos jovens eram o belo e musculoso Baal (deus da chuva e da fertilidade) e a bela e sensual Anat (deusa do amor e da guerra) que era representada nua e de pé sobre as costas de um leão.
Sendo herói de um povo de camponeses pastores caananeus oprimidos por invasores filisteus que assumiram a religião caananita, Sansão referiu-se ao leão como símbolo da exploração que os filisteus exerciam sobre os camponeses pastores. O leão é um animal que mata algumas ovelhas e cabras desses pastores, do mesmo modo que os abusivos impostos cobrados pelos filisteus também "matam" algumas de suas ovelhas e cabras. O leão não podia ser combatido individualmente pelo camponês pastor, só podia ser caçado e morto com uma grande organização de toda tribo ameaçada.
Somente uma aliança de muitas tribos caananitas poderia derrotar o formidável poderio militar e tecnológico dos filisteus (que dominavam a novíssima tecnologia do ferro e das flechas e bigas velozes). Uma aliança de pequenas e fracas tribos de camponeses pastores, isto é, "abelhinhas", que sozinhas são facilmente esmagadas, mas juntas num "enxame" poderiam matar um leão a ferroadas e construir uma colméia no oco de seu cadáver. Nessa colméia poderiam juntas produzir o mel e experimentar a abundante doçura da harmonia laboriosa da vida comunitária. Somente um novo Deus, único e sozinho, poderia conduzir à vitória essa aliança de pequenas tribos contra um opressor tão forte e fazer correr na terra rios de leite e mel.
“Do que come saiu comida, do forte saiu doçura”